Foi construída aproveitando uma grande parte da mesquita que existia antes da conquista de Guadalcanal pela Ordem de Santiago. Podemos considerá-la a mais antiga de Guadalcanal, pois foi abençoada como igreja cristã pelo bispo de Coria, Jaime Sanguineto, que acompanhava o Maestre Don Rodrigo de Iñiguez, em Abril de 1241. É o que diz Fray Andrés de Guadalupe e é confirmado pelos livros existentes na paróquia, uma vez que, segundo eles, crianças de aldeias próximas foram trazidas para esta igreja para serem baptizadas.
As suas fachadas são clássicas em estilo, e a tribuna ao pé da igreja parece ser a obra do século XVIII. Do lado do Evangelho, um telhado em telha tem duas telhas por bacia do tipo veneras, Sevilhanas da primeira metade do século XVI.
Aqui podemos ver as lápides de Don Cayetano de Tena e Hidalgo e da sua esposa Doña Josefa de Vargas Federigui, a de Don Ignacio Sánchez Martínez e a lápide de estilo gótico de Antón Martín. Também enterrado nesta igreja está Don Juan Pérez, vigário no final do século XVI e início do século XVII; Cristóbal Gordón, cavaleiro da Ordem de Santiago e juiz eclesiástico de Guadalcanal, que morreu em meados do século XVIII, tendo sido o padre desta igreja durante 40 anos.
Tinha um pároco e cinco sacerdotes.
A igreja foi iniciada na abside com a intenção de avançar em direcção ao oeste quando possível. É uma abside poligonal composta, com cinco lados de 2,75 metros, formada por paredes poderosas de mais de um metro,
O resultado final foi uma igreja com uma única nave, de grande largura, com arcos transversais muito abertos e pontiagudos e com pouca elevação (um metro desde a fundação dos pilares até à imposição do arco), coberta com um tecto relativamente rico de caixotões e coberta com uma abside amorfa e diminuída. Nos lados das duas capelas originais, tornaram-se capelas semi-cruzadas, pois estavam isoladas da capela-mor, e embora com um eixo diferente, estavam em função da nave. Ao pé, a torre começou a ser erguida tão lentamente que mesmo as pequenas brechas (ogee inferior) podiam ser mudadas esteticamente.
Pouco depois, na transição entre os séculos XV e XVI, algumas transformações substanciais tiveram lugar, e a actual Capela Baptismal foi acrescentada à galeria sul, ao pé da igreja. É uma sala quadrangular aberta à nave por meio de uma única entrada aberta na parede e esculpida em tijolo. A construção da capela altera, sem dúvida, a galeria exterior; no entanto, ainda tem a mesma localização no extremo oriental, onde a Capela de Carmen ainda não foi ampliada. No interior, no sopé da nave, é completado o acesso à torre, que culmina agora com a conclusão das suas três secções com uma torre sineira com arcos semicirculares com extradoses de rocha moldada e tabuleiro de pilastras emoldurado nas aberturas, bem como a espiral piramidal.
Pode ser considerada a mais antiga de Guadalcanal.
Foi declarado Monumento Histórico-Artistico Nacional em 1979.
É actualmente o Centro de Interpretação e Recursos “Santa Ana” da Serra Morena.
